Diversos | Olimpíada Todo Dia | 20/10/2020 11h40

Esportes de inverno retornam no país com Circuito de Rollerski

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Após não competir na temporada de inverno do hemisfério sul bem na abertura do período pré-olímpico para Pequim-2022, a CBDN resolveu não perder mais tempo. Com diversas medidas preventivas contra a Covid-19, a entidade realizou a segunda etapa do Circuito de Rollerski, válido para sua equipe de esqui cross-country.

As provas foram realizadas em São Carlos, no interior de São Paulo, entre os dias 10 e 12 de outubro. Diferentemente da primeira etapa, antes da pandemia, desta vez apenas os atletas da equipe adulta e os da sub-20 puderam participar. Além disso, o protocolo sanitário contou testes duplos em todos os presentes e adequações do espaço e de mobilidade.

“Foi ótimo retornar às competições no Brasil com segurança. Os atletas estão em um momento diferente da periodização do que normalmente estariam nessa época devido à pandemia”, comentou Pedro Cavazzoni, CEO da CBDN.

O Circuito de Rollerski foi a primeira atividade relacionada a esportes de inverno no Brasil desde o início da pandemia, em março de 2020. Normalmente, a CBDN realizaria diversas provas na temporada de inverno da América do Sul, entre julho e setembro. Contudo, a maioria das competições foi cancelada nos resorts chilenos e argentinos.

Nesse ano, especificamente, o prejuízo não é apenas no treinamento, mas na estratégia de classificação aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. Desde 1º de julho a maioria das modalidades de neve já contabiliza pontos para o ranking pré-olímpico. Por conta disso, a segunda etapa foi realizada de acordo com as normas da Federação Internacional de Esqui (FIS) e, portanto, contabilizou pontos para o ranking internacional de esqui cross-country.

Victor Santos e Bruna Moura são destaques do Circuito de Rollerski
Entre os homens, o jovem Victor Santos, representante do Brasil na modalidade em PyeongChang-2018, segue como principal nome do país. Ele venceu as duas provas de longa distância. Nos 10 km de largada em massa no estilo clássico, ele alcançou o tempo de 26min07seg3 e 108.56 pontos FIS, estabelecendo novo recorde brasileiro.

Já na prova individual de 11 km em técnica livre, Victor venceu com 25min02seg8 e 119.54 pontos FIS. No Sprint em técnica livre, o atleta até foi o mais rápido na classificação, mas na bateria decisiva foi desclassificado e a vitória ficou com o jovem Cláudio Gustavo Oliveira.

Entre as mulheres, Bruna Moura também conquistou duas medalhas de ouro nesta etapa do Circuito de Rollerski. Ela venceu os 5 km de largada em massa no estilo clássico com 14min57seg3 e 154.87 pontos FIS e também os 5 km individual em técnica livre com 12min04seg2 e 154.87 pontos FIS.

No Sprint estilo livre feminino, a surpresa: pela primeira vez desde 2015, Bruna foi derrotada na bateria decisiva. Dessa vez, a vitória foi da jovem Taynara da Silva, uma das representantes do Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno de Lausanne, em 2020.

O Circuito de Rollerski organizado pela CBDN deve realizar mais uma etapa em 2020. São Carlos deve sediar novas provas entre 19 e 22 de novembro, novamente contando pontos para o ranking internacional e com os protocolos de prevenção e segurança contra a Covid-19.

O que é o rollerski
Na tradução literal e direta, podemos entender como um esqui de “rodinhas”. É um equipamento bastante popular no treinamento de atletas de esqui cross-country, principalmente no verão, quando não há neve em grande parte do hemisfério Norte e os resorts ficam fechados.

Por meio dele, é possível reproduzir a mecânica e as técnicas da modalidade de inverno no asfalto, sem qualquer perda de rendimento. Assim, tornou-se bastante popular no verão europeu, a ponto da própria Federação Internacional de Esqui realizar Copa do Mundo e Campeonato Mundial de Rollerski.

Para o Brasil, tornou-se também em um importante elemento de difusão e popularização do esqui cross-country. Além de servir como treinamento, o projeto social Ski na Rua, idealizado pelo ex-atleta olímpico Leandro Ribela na comunidade de São Remo, em São Paulo, conseguiu levar o esporte a uma centena de jovens que sequer conheciam o esqui cross-country anteriormente. Um deles, Victor Santos, inclusive representou o Brasil em PyeongChang-2018.

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