Copa do Mundo | GE.net | 03/07/2006 13h52

Sob vaias, Cafu faz papel de capitão da seleção brasileira

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São Paulo (SP) - Apesar de ter feito provavelmente seu último jogo com a camisa da seleção brasileira no sábado, Cafu agiu como capitão da seleção brasileira até a manhã desta segunda-feira. Enquanto a maioria dos jogadores escolheu escapar por saídas alternativas ou pegar outros vôos sem passar pelo saguão do aeroporto, o camisa 2 encarou a população e deu explicações sob os gritos de "se aposenta", "velho" e "ancião".

O jogador de 36 anos procurou não individualizar seus comentários e dividir o fracasso com o elenco de 23 jogadores. "Eu acho que não faltou vontade, não. Acabamos aceitando o gol que a França fez e acho que nos faltou poder de reação", disse Cafu, que levantou a taça em 2002, na Ásia.

Trajando uma camiseta Giorgio Armani, Cafu era o retrato de uma seleção brasileira que só levou três jogadores que atuam no Brasil para a Copa da Alemanha. Nas costas a palavra "Milano" mostrava onde está o futuro do jogador que surgiu no campinho de terra do Jardim Irene, bairro pobre da Zona Sul da capital paulista.

"O meu pensamento agora é chegar em casa, tomar um café e aí sim teremos tempo para decidir alguma coisa. O importante não é saber se eu vou continuar na seleção ou não. Preciso continuar o meu trabalho no clube (Milan) e, se isso for possível, voltar depois para a seleção", disse o lateral-direito, que mantém o sonho de virar zagueiro e jogar a Copa de 2010 aos 40 anos de idade.

Sem entrar em muitos detalhes sobre o jogo, o camisa 2 poupou o amigo Roberto Carlos de críticas. O lateral-esquerdo se abaixou para arrumar a meia e deixou Henry livre para fazer o gol da desclassificação brasileira. Segundo Cafu, não foi um único jogador que perdeu a Copa. "Derrota é sempre triste, mas eu deixo uma imagem vencedora. A seleção de 1982 jogou bonito e perdeu. Desta vez, infelizmente, não jogamos tão bonito e perdemos também", completou.

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