Copa do Mundo | GE.net | 10/07/2006 15h22

"Minha obrigação não era fazer nada", diz Roberto Carlos

Compartilhe:

Madri (Espanha) - Após 15 anos e 143 convocações para a seleção brasileira, o lateral-esquerdo Roberto Carlos anunciou sua aposentadoria da seleção brasileira. Com desempenho criticado após a derrota e a eliminação frente à França, o camisa seis se isentou de culpa no lance do gol de Henry, mas admitiu que aquela partida foi decisiva para que ele abandonasse a seleção.

"Nós tínhamos ensaiado de não entrar para dentro da área porque ali a bola é sempre do goleiro. Eu estava posicionado ali porque eu não tinha que fazer nada, minha obrigação não era fazer nada", explicou Roberto Carlos, em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo. "Se eu entro com o Henry e os outros jogadores não entram também, o Henry ia cabecear a bola para dentro da área e a responsabilidade ia ser minha de qualquer jeito."

Com uma carreira vitoriosa com a amarelinha, o jogador não mostra arrependimento no lance, mas lamenta as circunstâncias nas quais o Brasil foi derrotado. Segundo ele, os títulos dos últimos anos não podem ser ofuscados pela apática partida contra a aula de Zidane.

\"Despedi-me da seleção brasileira com uma derrota triste, e isto vai ficar marcado para o resto da minha vida", explicou ele, que nega rumores que o ligam ao Chelsea. "Agora a seleção brasileira faz parte do passado. Sorte para quem chega. Eu vou procurar representar o meu país aqui na Europa, jogando no Real Madrid", disse.

Com chances de ultrapassar os números de Cafu na seleção brasileira, ele disse que o recorde não compensa as cobranças. "Foram bons esses anos. Eu até queria bater o recorde do Cafu ou, pelo menos, me aproximar, mas não dá. É muita pressão, a parte psicológica vai embora", concluiu.

Com mais alguns anos de carreira pela frente, segundo seu planejamento, ele pensa no futuro como treinador. "É um pensamento que eu tenho, ser treinador. É claro que eu não vou parar tão jovem, vou parar daqui a três ou quatro anos, no planejamento futuro é sonho pelo menos chegar numa seleção como treinador", admitiu.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS