Copa do Mundo | GE.net | 30/06/2006 18h08

Itália despacha Ucrânia e decretou fim da "Era das zebras"

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Zambrotta abriu o placar do jogo; Shevchenko reclama, para variar; Toni comemora gol; Buffon vibra junto; equipe cumprimenta Toni; enquanto Shevchenko fica desolado com eliminação Zambrotta abriu o placar do jogo; Shevchenko reclama, para variar; Toni comemora gol; Buffon vibra junto; equipe cumprimenta Toni; enquanto Shevchenko fica desolado com eliminação (Foto: AFP)

Hamburgo (Alemanha) - A "Era das zebras" nas semifinais de Copas finalmente chegou ao fim. Contando com a sorte e com o oportunismo do atacante Luca Toni, autor de dois gols, a Itália atropelou a Ucrânia nesta sexta-feira, em Hamburgo, fez 3 a 0 (Zambrotta completou o placar) e ganhou o direito de encarar os donos da casa nas semifinais da Copa da Alemanha, repetindo o confronto que definiu o campeão mundial de 1982, terça-feira, em Dortmund.

Iniciada em 1994, com Suécia e Bulgária se intrometendo entre Brasil e Itália, a "Era das Zebras" continuou assombrando as seleções tradicionais nas últimas duas Copas. Depois da Croácia surpreender o mundo em 1998 chegando em terceiro lugar, Turquia e Coréia do Sul bateram na trave em 2002 e, por pouco, não chegaram à decisão, caindo diante de Brasil e Alemanha, respectivamente.

O Mundial da Alemanha, por sua vez, terá como semifinalistas quatro gigantes do futebol mundial. Os donos da casa e a Squadra Azzurra já estão garantidos, enquanto França, Brasil, Inglaterra e Portugal lutam para definir o segundo duelo neste sábado.

A zebra do Leste Europeu começou a ser exterminada logo no início do duelo desta sexta. Camoranesi logo aos três minutos, chegou perto, mas coube ao lateral Zambrotta, aos cinco, a honra de levantar os torcedores do Stadion Hamburg pela primeira vez. O lateral-direito avançou, tabelou com Totti, encontrou liberdade para avançar e bateu, de canhota, contando com a colaboração do goleiro Shovkovsky para abrir o marcador.

Em desvantagem, o técnico Oleg Blokhin agiu rápido e sacou o zagueiro Svidersky, que já estava pendurado com cartão amarelo, para a entrada de Vorobey. A Ucrânia melhorou um pouco, mas não o suficiente para ameaçar o gol defendido por Buffon, chegando perto da meta italiana em esporádicos chutes de longa distância. A Itália também não empolgou e fez apenas o básico para terminar o primeiro tempo em vantagem, marcando firme na defesa e abusando dos lançamentos longos para o ataque.

O segundo tempo começou com os ucranianos tentando empatar a partida de qualquer maneira, mas a sorte jogou contra. Gusin, aos três, exigiu grande defesa de Buffon, que voltou a fazer milagre momentos depois quando Shevchenko, ex-ídolo do Milan, chutou forte para bela defesa do goleiro. Na volta, Kalinichenko encheu o pé e Perrotta, em cima da linha, salvou.

No melhor estilo do "quem não faz, toma", os italianos puxaram rápido contra-ataque e mataram o jogo. Totti, mais uma vez, fez lançamento para a área. Canavarro, em posição de impedimento, furou a cabeçada, mas Luca Toni, atento, desviou para as redes.

Gusin ainda voltou a assustar a Azzurra acertando o travessão de Buffon, mas a falta de sorte, mais uma vez atrapalhou. Para completar a festa italiana, mais uma vez Luca Toni, bem colocado, mostrou faro de artilheiro e definiu a partida: 3 a 0.

Confira uma rápida avaliação da equipe Esporte Ágil:

O melhor em campo. - o lateral Zambrotta, que abriu o placar com um chute forte e serviu Luca Toni no terceiro gol italiano.

Quase lá... - como ninguém da Ucrânia se destacou, a seção fica para o atacante Shevchenko, que inspirou sua equipe nas eliminatórias, ficou devendo na Copa, mas mesmo assim chegou nas quartas-de-final.

Acabou com o jogo. Literalmente. - o jogo já não prometia muito, e Buffon, com uma ajuda da trave, tratou de deixar a partida menos emocionante para os fãs do futebol.

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