Copa do Mundo | Terra Esportes | 23/06/2006 15h14

Com arbitragem polêmica, Ucrânia vence Tunísia e avança

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Berlim (Alemanha) - A Ucrânia contou com uma atuação polêmica do árbitro Carlos Amarilla para alcançar as oitavas-de-final em sua primeira participação na Copa do Mundo. O paraguaio expulsou um jogador da Tunísia, ignorou um pênalti para os africanos e apontou penalidade bastante duvidosa para os europeus, que venceram por 1 a 0, em Berlim, nesta sexta-feira.

Com o resultado, o time comandado por Oleg Blokhin chegou aos seis pontos e garantiu a segunda colocação do Grupo H. O primeiro lugar da chave ficou com a Espanha, que terminou a primeira fase com 100% de aproveitamento ao bater a Arábia Saudita por 1 a 0, em Kaiserslautern.

Os adversários das duas equipes nas oitavas-de-final serão definidos ainda nesta sexta, quando termina a fase de grupos do Mundial. Ucrânia e Espanha medem forças com o primeiro e o segundo colocados do Grupo G, respectivamente. Coréia do Sul, Suíça e França brigam por essas vagas.

Disputada no Estádio Olímpico de Berlim, a partida desta sexta foi bastante truncada. A tarefa dos ucranianos, que jogavam pelo empate para se classificar, foi facilitada no final do primeiro tempo, quando Ziad Jaziri recebeu o segundo cartão amarelo e deu adeus à competição.

Mesmo com um a menos, a Tunísia mostrou empenho para chegar ao empate. Aos 20min, Anis Ayari bateu falta frontal ao gol e um dos ucranianos da barreira ergueu o braço e defendeu o chute dentro da área, mas o árbitro ignorou.

Cinco minutos depois, Shevchenko aproveitou falha da zaga, invadiu a área e se enroscou com um defensor. Amarilla apontou o centro da área, e o próprio atacante do Chelsea bateu o pênalti para dar a vaga inédita nas oitavas-de-final à Ucrânia.

O jogo - A partida foi bastante truncada, com a maioria dos lances sendo definida no meio-campo. A primeira jogada mais incisiva foi de Ziad Jaziri, que avançou pela direita, pegou rebote do próprio cruzamento e acabou levando cartão amarelo por simulação de pênalti.

A Tunísia voltou a chegar bem ao ataque aos 15min, quando Hamed Namouchi bateu de fora e testou o atento goleiro Oleksandr Shovkovskiy. A resposta dos ucranianos veio com Maksim Kalinichenko, que avançou pela esquerda e bateu cruzado para boa defesa de Ali Boumnijel.

Foram alguns dos raros momentos de emoção do primeiro tempo, que só esquentou nos acréscimos. Aos 45min, Serhiy Rebrov bateu forte da entrada da área e obrigou boa intervenção de Ali Boumnijel.

No minuto seguinte, o técnico Roger Lemerre perdeu um de seus principais jogadores, Ziad Jaziri. Ele fez falta dura em Kalinichenko, em lance no qual os ucranianos levaram vantagem, e recebeu o segundo cartão amarelo quando a jogada foi concluída.

Mesmo com um jogador a mais, a Ucrânia não mudou sua postura na etapa final. Como os tunisianos tinham dificuldade para criar oportunidades, a partida não apresentava grandes emoções aos torcedores que compareceram ao Estádio Olímpico de Berlim.

Aos 20min, Andriy Rusol derrubou Hamed Namouchi a três passos da área e ofereceu boa chance aos africanos. Anis Ayari fez a cobrança, e um dos ucranianos na barreira ergueu deliberadamente o braço e desviou o chute, mas o árbitro Carlos Amarilla apontou apenas escanteio.

Cinco minutos depois, Shevchenko aproveitou falha da zaga, invadiu a área e caiu depois de passar por Karim Haggui. Amarilla viu pênalti no lance, e o próprio camisa 7 bateu no canto esquerdo do goleiro para abrir a contagem.

Lemerre ainda tentou mandar a Tunísia à frente, promovendo a estréia do brasileiro naturalizado Francileudo dos Santos, recuperado de contusão. Ele esteve perto de marcar de cabeça, mas não evitou a derrota de seu time.

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