Copa do Mundo | Terra Esportes | 30/06/2006 15h50

Alemanha elimina Argentina nos pênaltis e segue na Copa

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Ayala comemora gol; Tevez brigou bastante; Klose empatou a partida; torcida apoiou equipe alemã; Lehmann foi decisivo nos pênaltis; e alemães comemoram classificação Ayala comemora gol; Tevez brigou bastante; Klose empatou a partida; torcida apoiou equipe alemã; Lehmann foi decisivo nos pênaltis; e alemães comemoram classificação (Foto: AFP)

Berlim (Alemanha) - No confronto entre dois campeões mundiais, deu Alemanha, que voltou a sentir o gosto de ser grande e continua firme em busca de seu quarto título mundial. Nesta sexta-feira, a equipe do técnico Jürgen Klinsmann chegou a temer uma eliminação, pois perdia até os 35 minutos do segundo tempo, mas alcançou as semifinais da Copa do Mundo com uma vitória nos pênaltis por 4 a 2 sobre um outro gigante do futebol mundial, a Argentina, após igualdade de 1 a 1 nos 120 minutos de bola rolando no Olympiastadion de Berlim.

O último resultado expressivo dos alemães contra um adversário de respeito tinha acontecido em 2000. Na oportunidade, os anfitriões da Copa venceram a Inglaterra. Agora, o tricampeão mundial espera o confronto entre Itália e Ucrânia para conhecer seu adversário na semifinal.

Finalistas das Copas de 1986 e 1990, Alemanha e Argentina iniciaram a partida em Berlim sob o clima tenso de um verdadeiro clássico. Com apenas três minutos, o corintiano Mascherano recebeu duas pegadas fortes no campo de defesa, sendo que uma delas rendeu um cartão para Podolski. No meio, Riquelme se desentendeu com Klose e desferiu um tapa no adversário.

Com os nervos um pouco mais controlados, alemães e argentinos proporcionaram um confronto equilibrado. Os donos da casa tentaram repetir a tática de jogos anteriores, quando fizeram uma blitz nos adversários. Porém, os experientes argentinos se mostraram preparados para suportar a pressão e, de forma inteligente, procuraram valorizar bastante a posse de bola.

A primeira chance de gol foi da Alemanha. Aos 16 minutos, Schneider aproveitou o pouco espaço disponível em campo e cruzou com perfeição para a cabeçada de Ballack. A bola raspou o poste do goleiro Abbondanzieri. Para a Argentina, que sentia dificuldades com a marcação do rival, as principais investidas estavam com Carlitos Tevez no lado esquerdo, que esbanjava habilidade em campo, mesmo marcado por dois ou até três jogadores.

Só que o futebol na etapa inicial parou por aí. Com 25 faltas e apenas quatro finalizações até o intervalo, três da Alemanha e uma da Argentina, o jogo se resumiu a muitos chutões e trombadas e um 0 a 0 sem muitas emoções, aumentando ainda mais a tensão entre os torcedores que foram ao estádio.

No segundo tempo, o jogo foi outro. Com apenas três minutos, a Argentina abriu o marcador. Riquelme bateu escanteio da direita e Ayala surgiu no meio da área para cabecear no canto esquerdo do goleiro Lehmann, silenciando o Olympiastadion de Berlim.

Preocupado com a reação de seu time, que sentiu o gol, o técnico Jurgen Klinsmann colocou mais um atacante, o velocista Odonkor, no lugar do meio-campista Schneider. Na base do abafa, a Alemanha tentou pressionar a Argentina, insistindo principalmente nas bolas pelo alto. Aos 24 minutos, os argentinos levaram um susto. Contundido, o experiente Abbondanzieri foi substituído por Franco. Além disso, o técnico José Pekerman fechou mais seu time com a entrada de Cambiasso no lugar do criativo Riquelme.

Quando a Argentina se esforçava para arrastar a partida até o final, a Alemanha empatou. Ballack levantou a bola da direita, Borowski, que havia entrado no lugar de Schweinsteiger, desviou no primeiro pau e Klose completou no canto direito da meta de Franco, marcando seu quinto gol na competição. Ainda antes do encerramento do tempo do normal, os argentinos quase marcaram o segundo em uma cabeçada de Lucho González que foi defendida por Lehmann. Assim, a decisão foi para a prorrogação.

No tempo extra, como é tradição, os atletas arriscaram pouco. Mais desgastada em campo, a Alemanha preferiu se resguardar na defesa, já que seu principal homem de criação, Ballack, sofria para se locomover em campo. Por isso, a igualdade persistiu e a vaga foi decidida nos pênaltis.

A partir daí, brilhou a estrela do goleiro Lehmann, que ganhou a posição às vésperas do Mundial. Ele defendeu as cobranças de Ayala e Cambiasso. Assim, a Alemanha, com gols de Neuville, Ballack, Podolski e Borowski, venceu por 4 a 2.

Confira uma rápida avaliação da equipe Esporte Ágil:

O melhor em campo. - o goleiro Jens Lehmann, que foi seguro no tempo normal e decisivo nos pênaltis.

Quase lá... - o atacante Carlitos Tevez, que foi em todas as bolas e lutou até o fim pela vitória. Mas perdeu.

Acabou com o jogo. Literalmente. - o técnico argentino José Pekérman, ao abdicar da habilidade de Riquelme e não colocar Messi ou Saviola para jogarem. E por quê Julio Cruz?

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