Ciclismo | Da Assessoria | 21/07/2020 08h58

Ciclismo pode ser alternativa na pandemia, mas com precauções

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Neste período de pandemia, grande parte da população se viu diante de diversas modificações em seu dia a dia e hábitos frequentes. Em meio às mudanças, a bicicleta tem se mostrado, desde o início da crise sanitária global, uma grande aliada nos mais diferentes cenários, sendo recomendada, inclusive, pela Organização Mundial da Saúde como uma forma mais segura para deslocamentos.

Nas últimas semanas, diversas cidades retomaram gradualmente as atividades e flexibilizaram a reabertura de estabelecimentos, parques e áreas de lazer. Em São Paulo, por exemplo, após meses de ciclofaixas fechadas, a prefeitura decretou a reabertura ao público, que aconteceu no último domingo (19). Mas, neste período de pandemia, pedalar requer uma atenção especial dos ciclistas. Por conta disso, médicos e especialistas em bikes dão dicas de quais cuidados os praticantes precisam ter neste momento para aproveitar ao máximo os benefícios das bicicletas.

Higienização: Atuando na linha de frente do Covid-19, o médico e ciclista Dr. Paulo Antonaccio (mantenedor do perfil @doctors.bike) afirma que os cuidados começam antes de subir na bike. É necessário limpar os guidões e demais regiões da bike que possam estar em contato com o corpo. Essa higienização deve ser feita com álcool gel ou líquido 70% - ou em porcentagem acima dessa. O ideal é evitar as receitas caseiras, pois essas formas indicadas têm eficácia efetivamente comprovadas.

Dr. Paulo ainda reforça que não é o momento de utilizar bikes compartilhadas. “A Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva recomenda que nenhum equipamento seja compartilhado entre atletas durante a prática de exercício físico”, explica. Isso porque, com uma bike própria, há a segurança da utilização única pelo proprietário, enquanto, com a compartilhada, há a chance de um indivíduo contaminado ter utilizado, o que pode gerar a contaminação por superfície.

Máscara: O médico explica que, para a prática esportiva, os cuidados com a máscara seguem o mesmo protocolo da utilização no dia a dia, isto é, a troca deve ser realizada a cada duas horas de uso, por conta da umidade que gera. Atualmente, já existem máscaras desenvolvidas especificamente para a prática esportiva, como a Fiber, que possui uma tecnologia específica e conta com um filtro descartável no interior da máscara, com eficácia de 95%. A duração é de até 12 horas e, após esse prazo, basta trocar o filtro para reutilizar o item.

Informação: Para quem quer aderir a bike como transporte ou opção de lazer, antes de sair pedalando por aí, o que vale é se preparar e contar com a ajuda de quem entende do assunto. Para atender a essa turma de novos ciclistas, a semexe, um marketplace especializado na venda de bikes e acessórios novos e usados, ampliou, por exemplo, o número de consultores experts para auxiliar nas dúvidas dos consumidores, desde método de limpeza, equipamentos de segurança no trânsito, até como escolher a bike ou o equipamento de treino ideal para cada pessoa.

"Neste momento é importante termos consciência de que a situação ainda não está normalizada e que precisamos ter cuidados dobrados. Muita gente precisa da bicicleta como transporte e, ao mesmo tempo, já estamos vendo bastante gente começando a pedalar por lazer individualmente. A dica aqui é uma pilotagem segura para evitar acidentes, seguir evitando aglomerações e buscar a bicicleta correta para a sua necessidade. Nos últimos meses, recebemos muitas dúvidas de ciclistas iniciantes, e nosso time de especialistas nunca atendeu tantas pessoas de uma vez", afirma Gabriel Novais, um dos fundadores da semexe.

Distância entre praticantes: De acordo com estudo recente realizado pelo Texas Medical Association, o risco de se contaminar ou transmitir o vírus ao andar de bicicleta é classificado como baixo e moderado, mas vale atentar-se aos cuidados necessários, como realizar a atividade de forma individual, e com uma distância mínima de 20 metros de outros ciclistas. “Há estudos que comprovam que, com o aumento da frequência respiratória e exaustão do corpo, mais gotículas são liberadas na prática do pedal, então, caso haja uma pessoa logo atrás, ela receberá toda essa carga de gotículas, por isso torna-se necessário manter este distanciamento”, explica Antonaccio.

Estímulo para adoção da bike no dia a dia: A bike é um dos transportes mais seguros para se deslocar em meio à pandemia e tem se tornado uma tendência na Europa, nos EUA e também aqui no Brasil. Para facilitar o acesso a ela durante essa crise, o mercado nacional tem trazido condições bem interessantes aos ciclistas. A semexe, por exemplo, implantou, de modo inédito no País, a possibilidade de parcelamento de bikes novas e usadas em até 60 vezes. Deste modo, quem quer aderir a bicicleta como meio de transporte, pode fazer isso com prestações que pesam menos ao bolso. E, em todo o processo, ainda recebem auxílio de como lidar com o momento de pandemia e aproveitar ao máximo a nova forma de se deslocar pela cidade.

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