Bate-Bola | Da Redação | 27/12/2005 17h41

João Rocha faz um balanço geral do trabalho realizado pela Funesp em 2005

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João Rocha

Em entrevista concedida ao Esporte Ágil, o presidente da Funesp faz um balanço geral do esporte em Campo Grande no ano de 2005, analisa o trabalho realizado e fala dos projetos para os próximos anos de governo.

Esporte Ágil - De uma maneira geral, como você vê o ano de 2005 para o esporte em Campo Grande?

João - Foi um ano extremamente importante. Logo de início aconteceu a criação da Fundação, um órgão que trata especificamente das questões do esporte. O que houve não foi uma divisão, e sim, uma multiplicação onde a cultura e o esporte são tratados de forma especializada e os dois ganharam com isso. Em relação ao esporte, nosso objetivo neste ano era o de firmar a Funesp como um órgão atuante junto à comunidade e mostrar que essa divisão era necessária. Mostramos isso através de ações, oferecendo oportunidade a todos os segmentos da comunidade, e da prática da atividade esportiva, dando atenção aos esportes de rendimento, educacional e social. O ano foi muito produtivo, mas ainda temos muito por fazer. No entanto, começamos a caminhar e tivemos contato com todos os segmentos, alguns de forma mais forte, até porque a estrutura já estava mais alavancada.

Esporte Ágil - Você está satisfeito com o trabalho realizado pela Funesp neste ano?

João - Nunca vou estar satisfeito. Quem já foi competidor e treinador está sempre buscando desafios. Eu prefiro falar que nós iniciamos um trabalho forte e estamos cumprindo com nossas funções de governo, mas ainda temos muito que fazer. Disponho de uma equipe totalmente comprometida que não mediu esforços para desenvolver todos os projetos que nós estabelecemos para 2005 e já estamos com o calendário praticamente definido para 2006. Destacamos alguns projetos deste ano, como a implantação do núcleo de paradesporto no estádio municipal Elias Gadia e o "Atleta do Futuro", temos hoje mais de 6 mil crianças entre 7 a 14 anos praticando esporte nas periferias, em dez modalidades diferentes.

Esporte Ágil - O número de eventos que realizaram, os apoios e patrocínios que ofereceram, foram de acordo com o que planejaram?

João - Sim. Ainda não fechamos o relatório, mas fizemos um cálculo aproximado de mais de cinco eventos por mês, além de termos apoiado a realização de outros eventos em parceria com as Federações, as universidades que têm o curso de educação física, as instituições que têm desenvolvido de alguma forma a atividade esportiva e as associações de moradores. É por isso que eu digo que envolvemos todos os segmentos, o segredo de nosso trabalho é essa parceria. A imprensa também tem nos ajudado muito, já que é importante fazer, mas também é importante informar as pessoas do que têm acontecido. Vocês ajudam para que nós melhoremos a cultura esportiva do povo campo-grandense. Se conscientizarmos que a prática esportiva é fundamental, estaremos contribuindo na mudança de comportamento e melhoria de qualidade de vida. Além de ações, precisamos também de divulgação para que essas informações cheguem até as pessoas.

Esporte Ágil - Acha que houve alguma evolução em relação ao desempenho e nível técnico das equipes, dos atletas e dos dirigentes esportivos?

João - Primeiramente é necessário criar um clima de ações positivas, que busquem motivar os dirigentes esportivos e todos aqueles que têm uma ligação com o esporte, essa motivação renova os anseios deles. Sou do meio, os conheço bem e sei das dificuldades que eles sempre tiveram e vão continuar tendo, pois sempre que atingirem um objetivo irão estabelecer outros. Eu respeito e valorizo o trabalho que fazem, um trabalho muitas vezes não reconhecido. Os recursos sempre são escassos, mas independente disso, eles estão conseguindo realizar um bom trabalho, não só na capital, mas em todo Estado.  Algumas Federações, que já dispõem de uma estrutura melhor e de um trabalho que vem sendo realizado há mais tempo, contribuem também com o desenvolvimento do esporte nacional, já que algumas modalidades contam com atletas que têm representado o Brasil e integrado seleções brasileiras. Isso é mérito desses profissionais. Cabe ao poder público estar motivando e nós não queremos ser "os donos da bola" e sim, ajudar a chutá-la.

Esporte Ágil - As Federações souberam utilizar a verba que receberam do setor público?

João - Não tenho dúvida. Estão aplicando sim e com transparência. Nós temos acompanhado o trabalho das Federações e, por ser do meio e conhecer esses dirigentes, agora como gestor público tenho coragem de investir neles. Eles conseguem trabalhar sem dinheiro, os recursos são sempre poucos e eles têm conseguido "multiplicar os pães". Eu confio na capacidade e lisura desses dirigentes.

Esporte Ágil - Quais são suas expectativas e seus projetos para 2006? Pretende inovar ou realizar alguma mudança?

João - Nós estabelecemos um plano para os quatro anos de governo seguindo a orientação do prefeito e dentro do que sonhamos fazer. Em 2005 procuramos iniciar ações junto a todos os segmentos e estabelecer contatos. Em 2006 nós vamos concretizar estas ações, incrementar outras e estabelecer captação de recursos junto ao Governo Federal, que nos contemplou neste ano com uma verba para realizarmos, no ano que vem, os Jogos Paradesportivos. Iremos agora aperfeiçoar alguns projetos, além de ampliar e melhorar outros. Vamos buscar em 2006 alguns investimentos para que 2007 seja mais forte e possamos fechar 2008 com a concretização da construção do Centro Olímpico, um compromisso do prefeito e uma proposta de campanha. Gostaríamos que este Centro já estivesse pronto, mas existe todo um processo e primeiro tem que ter recursos. Agente espera até o final de 2008 podermos entregar à população sete Centros Regionais de Esporte e Lazer e mais o Centro Olímpico. É um desafio grande, mas temos que o estabelece-lo para que a luta também seja grande. Este é o cronograma que determinamos para estes quatro anos e esperamos cumprir.

 


 

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