Bate-Bola | Jeozadaque Garcia/Da redação | 09/08/2010 10h06

Bate-bola: Ruth Roberta de Souza

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Ruth de Souza

Nascida em Três Lagoas no dia 03 de outubro de 1968, a pivô Ruth Roberta de Souza começou jogar basquete quando criança, ainda em sua cidade natal. Observada em um jogo pelo irmão da técnica Maria Helena Cardoso, a pivô teve a sua grande chance.

Presente na conquista do Pan de Havana (91), seguiu na Seleção Brasileira na Olimpíada de Barcelona (92) e teve seu grande momento em 1994, liderando um grupo de novatas na conquista do ouro no Mundial da Austrália. Ao deixar as quadras, Ruth fez o caminho de volta para Três Lagoas.

Esporte Ágil - Como começou seu envolvimento com o basquete?
Ruth de Souza - Comecei jogando na escola com 13 anos, nas aulas de educação física jogando futsal. Aí surgiu o basquete num projeto de férias em Três Lagoas. Participei de uma edição dos Jogos Escolares de Mato Grosso do Sul em Campo Grande e recebi uma proposta de Piracicaba (UNIMEP).

EA - Quem eram seus ídolos?
RS - Sempre admirei muito a Paula,a Vânia Teixeira, a Hortência...
 
EA - Quais suas melhores lembranças da época em que jogava, ainda criança, em Três Lagoas?
RS - Sempre lembro dos meus professores que me deram apoio, que acreditaram na Ruth e não deixaram que eu desistisse. Me lembro da Escola Estadual Fernando Corrêa. Foi quando comecei, onde aprendi grande parte do que sou hoje.

EA- Como pintou o convite pra jogar em seu primeiro grande clube?
RS - Fui jogar em Andradina (SP), uma cidade perto de Três Lagoas, e o irmão da Maria Helena (técnica da Seleção Brasileira de Basquetebol) me viu jogar e falou com ela. Ela se interessou e entrou em contato com meu professor Ubiratan Brito de Mello, o Bira, que foi por 15 dias seguidos na minha casa para me convencer a aceitar a proposta da UNIMEP. Fui embora no dia 21 de setembro de 1984. Foi onde tudo começou.

EA - Qual o seu relacionamento com o basquete hoje em Três Lagoas?
RS - Tento ajudar no que posso. Tento passar minha experiência para essa futura geração. Agora pretendo ter uma participação mais ativa, quero ser técnica e estou me preparando pra isso. Sei que tenho muito que aprender antes de me aventurar por esse caminho, mas tenho certeza que ainda vou ajudar muito o basquete de Mato Grosso do Sul. Acredito que o Estado tem condições de ter pelo menos um atleta nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

EA - E o que você espera do basquete em Mato Grosso do Sul para os próximos anos?
RS - Já está acontecendo uma grande mudança no Estado, mas ainda é pouco. Precisamos de mais campeonatos para que esses atletas possam ter um desenvolvimento melhor. Hoje um atleta que passa da idade escolar não tem mais o que jogar, por isso precisamos rever esses calendários para que esses meninos e meninas tenham condições de se manter no Estado.

EA - Em que poderíamos melhorar hoje?
RS - Ajuda financeira pra que o técnico ou professor tenha condição de oferecer o mínimo pro seu atleta. Dar condição para que esse atleta viaje para competições já melhoraríamos muito, mas ainda temos muito pra melhorar.

EA - Como você vê esse "racha" entre Liga Pró Basquetebol de Federação de Basquetebol aqui no Estado?
EA - Vejo com muita tristeza, pois divide o basquete e quem perde são os atletas e os clubes, que mesmo sem querer, tem que escolher entre a Liga e a Federação. Tenho certeza que os dois querem o bem do basquete, sendo assim, por que não unir as duas forças e trabalhar juntos? Tenho certeza que o basquete tem muito mais chances de crescer no Estado e tanto e Liga como a Federação vão sair ganhando, e principalmente o basquete, que vai ter duas instituições serias com pessoas competentes trabalhando juntos pelo crescimento da modalidade. E os praticantes de basquete, que são os mais importantes, vão ter mais prazer em fazer parte desse crescimento. Devemos pensar mais no crescimento desse esporte e principalmente nas crianças, jovens e adolescentes, que praticam o basquete. Vamos lutar juntos pelo bem do basquete. 

Colaborou Luciana Nassar

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