Bate-Bola | Da redação | 28/03/2006 15h37

Bate-Bola: Marco Aurélio Moura

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Marco Aurélio Moura

O professor Marco Aurélio Moura falou ao Esporte Ágil no dia 28 de março de 2006, logo após um treinamento de judô para o projeto social em que a Academia Moura firmou uma parceria com o Colégio Dom Bosco, para oferecer à crianças da rede pública de ensino a prática do judô.

Esporte Ágil: Como funciona este projeto social?

Marco Aurélio Moura: O projeto social é uma parceria da Academia Moura com o Colégio Dom Bosco. A Academia cedeu tatames e quimonos de outros atletas e a escola contratou-me como técnico do projeto social e cedeu o espaço físico. O Colégio Dom Bosco oferece aulas de outros esportes a crianças de escolas publicas, como futsal, volei, natação e judo, alem de outras atividades. Todas as atividades acontecem aqui no Poliesportivo Dom Bosco.

EA: Qual a situação da modalidade no estado?

M: O judô tem crescido bastante. Como esporte de alto rendimento, o estado colocou um atleta na seleção juvenil A e cinco atletas na seleção juvenil e junior B. Na última competição, o Torneio Início de Judô 2006 que aconteceu neste último domingo, mais de 700 atletas estiveram competindo, um recorde da federação de MS. No âmbito social, diversos projetos tem sido realizados. O projeto Atleta do Futuro está em diversas escolas da periferia, em parceria com outras onze academias de judô, oferecendo esta modalidade diferenciada à crianças carentes. Alguns dos bairros que já são atendidos são Jardim Imá, Santo Antonio e Vila carvalho.

EA: Diferenciada, porque o judo tem diversos aspectos relevantes, como o educativo?

M: Sim, o judô tem um cárater educativo e ajuda a formar o cidadão em diversos aspectos. Muitos desses atletas não chegarão à ser grandes talentos, mas certamente o esporte terá contribuído na formação de um atleta cidadão. Nós, professores de educação fisica, podemos ensinar volei, futsal, handebol, basquete e atletismo, mas para que o profissional de educação física ensine o judô, ele tem que ter a vivência no esporte e ser faixa preta, conforme regulamentação para o ensino do esporte. Logo, essas parcerias com os clubes se tornam importantes, uma vez que possibilita às crianças a prática dessa modalidade diferenciada.

EA: Qual sua avaliação da cobertura da imprensa em relação ao esporte de MS?

M: A cobertura tem sido boa, em todas as modalidades. Jornais impressos e de internet tem ajudado muito. O que falta é o empresariado mudar alguns de seus conceitos, pois investir no esporte é transmitir uma boa imagem da própria empresa. É fazer uma propaganda saudável e de baixo custo. Além disso, o estado precisa industrializar-se, receber mais grandes indútrias e assim alavancar o patrocínio ao esporte do estado. Porém, acredito que MS está no caminho certo em relação ao judô. O trabalho feito pelo Cesar Paschoal na Federação é muito bom, pois ele conseguiu unir bem o esporte no estado, além do apoio do governo, através do Fundo de Investimento ao Esporte.

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