Bate-Bola | Da Redação | 13/01/2006 18h37

Bate-Bola: Dirceu Lanzarini

Compartilhe:

Dirceu Lanzarini

Dirceu Luiz Lanzarini, 47 anos, está desde o dia 8 de novembro de 2004 a frente da Sejel (Secretaria de Estado da Juventude e do Esporte e Lazer). O agrônomo, natural de São Paulo, mudou-se para MS para assumir o cargo na antiga Empaer. Casado, duas filhas, ele se define como um político, como ele mesmo diz: veio do "municipalismo". Lanzarini deixou os quase oito anos à frente da Prefeitura de Amambai e a presidência da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) para assumir o controle do Esporte no Estado. Em março deste ano ele deixa a Sejel para ser candidato a deputado estadual.

Nesta entrevista ele faz uma análise do esporte em MS, fala dos trabalhos e investimentos realizados pela Sejel em 2005, dos projetos da Secretaria para 2006 e lembra que o ranking das Federações, o comitê do Fie e o calendário esportivo de 2006 devem estar definidos até meados de fevereiro.

Esporte Ágil - De uma maneira geral, como você vê o ano de 2005 para o esporte em Mato Grosso do Sul?

Dirceu - A avaliação que a equipe da Secretaria e o Governo faz do esporte em MS em 2005 é muito positiva. Nós conseguimos realizar toda a programação de eventos que havíamos proposto no final de 2004 e superamos isso, como exemplo temos nossa Coordenadoria de Cursos, onde batemos recorde na realização de cursos. Além disso, nós conseguimos manter a qualidade e até aprimorar algumas coisas que achamos necessárias. Houve também um aspecto muito importante, talvez o principal, que foi uma mudança na nossa filosofia englobando a municipalização, o que proporcionou mais contato com prefeitos, vereadores e gestores de esporte; nós abrimos a porta da Secretaria para o interior do Estado e tivemos muitas ações estando presente em praticamente todos os municípios de MS.

Esporte Ágil - Você acha que o interior do Estado tem participado de forma satisfatória de eventos esportivos, contando com representantes, atletas e dirigentes?

Dirceu - O fato de levarmos nossas ações para o interior do Estado gera motivação. Um exemplo disso foi termos levado a modalidade de voleibol dos Jogos Escolares para o município de Paranhos, um lugar distante e até com dificuldade de acesso que executou uma excelente organização do evento. Este fato gerou grande motivação ao município, que passou toda a semana envolvida com voleibol. Além de projetar o nome da cidade para fora, incentiva a prática de esporte dentro dela. O fato de levarmos cursos que nunca aconteceram em determinados municípios, como o de arbitragem, iniciação esportiva e regras das modalidades, motivaram os profissionais e estudantes de Educação Física, gerando mais trabalho e investimentos.
 
Esporte Ágil - Como está a situação de MS e de seus atletas a nível nacional?

Dirceu - A participação dos atletas do Estado foi boa. É claro que estamos sempre querendo mais, mas tivemos boas participações. Agente quer, através do projeto Talento Esportivo e do Ranking, projeto de apoio às modalidades, que neste ano seja melhor ainda, com mais atletas, maiores projeções e resultados ainda melhores.

Esporte Ágil - E como está o andamento do projeto Talento Esportivo para este ano?

Dirceu - Nós estamos em pleno momento de abdicações. Vamos manter a mesma sistemática de avaliação e já estamos recebendo as indicações das Federações, que têm um prazo para cumprir. Quero crer que seja realmente contemplado aquele atleta que mais adequado esteja aos critérios estabelecidos. Mas vamos continuar atendendo os 30 atletas.

Esporte Ágil - Os investimentos realizados pela Secretaria foram suficientes?

Dirceu - Em 2005 nós tivemos pequenos investimentos realizados para ações muito necessárias. Nós conseguimos na maioria das cidades, em parceria com as prefeituras, ações conjuntas para as construções de pequenas obras de grande importância, como quadras de areias, de skate, de futebol, reformas de ginásios, etc. Não dá para falar em esporte se não tiver onde praticá-lo. Fizemos bastantes investimentos de valores não muito altos, mas todos importantes, que possibilitaram o acesso de pessoas à prática esportiva. Outra modalidade de atendimento que agente tem aqui na Secretaria é o comitê do FIE, um trabalho mais voltado ao esporte social e educacional, para atender associações não governamentais, prefeituras, associações de moradores e entidades que já realizam ações e necessitem da verba para ampliá-las ou melhora-las. Nós queremos, através do comitê, manter um atendimento ao maior número de entidades e esperamos receber aqui 400 a 500 projetos. Vamos selecionar uma parte deles dentro de uma visão social, para que este recurso chegue a uma camada mais necessitada da população. As inscrições para o FIE começaram no dia 02 de janeiro e prosseguem até o dia 31.

Esporte Ágil - Você acha que as Federações estão utilizando a verba que recebem do setor público de forma adequada?

Dirceu - Com as Federações nós realizamos o ranking e em 2006 nós distribuiremos entre elas R$ 1 milhão de reais. Elas sabem utilizar sim, tenho certeza que aplicam bem esta verba. É claro que os recursos disponíveis não são suficientes, todo mundo quer mais, mas essa foi a forma que o governo encontrou de atender as Federações em atividade. Existe um volume muito grande de critérios para a análise do rankiamento, eles serão publicados até semana que vem e todas as Federações terão acesso. Através destes critérios nós vamos definir como será a distribuição deste recurso para as Federações. Elas utilizam da melhor forma possível e depois agente avalia isso, até porque, de acordo com as ações que elas desenvolvem durante o ano, elas podem ser contempladas de forma ainda melhor no ano seguinte. Em relação ao comitê, que atende outros tipos de entidades, nós acompanhamos o trabalho mais de perto. Os projetos são selecionados com muito rigor, as entidades são muito sérias e prestam contas destes recursos, se não prestarem, não levam o dinheiro no próximo ano.

Esporte Ágil - Quais são suas expectativas pra 2006?

Dirceu - São as melhores possíveis, apesar de saber que estarei à frente da Secretaria só até o final de março, pois serei candidato a deputado estadual nas próximas eleições. Até este período, quero deixar tudo pronto para que todo o nosso calendário aconteça. Quero programar as ações para que em março tudo esteja estabelecido, até porque, a maioria das ações do esporte não pode ser programada em cima da hora. No dia 15 de fevereiro acontecerá aqui em Campo Grande, no Palácio Popular da Cultura, um grande encontro dos gestores municipais. Reuniremos dirigentes da área esportiva de todos os municípios e nesta data, já queremos entregar para cada gestor o calendário das ações da Secretaria em 2006.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS