Bate-Bola | Jeozadaque Garcia/Da redação | 08/02/2010 16h20

Bate-bola: Amarildo de Carvalho

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Amarildo confia no talento individual dos atletas para conquistar o Estadual deste ano. Amarildo confia no talento individual dos atletas para conquistar o Estadual deste ano. (Foto: Foto: Jeozadaque Garcia/Esporte Ágil)

Amarildo de Carvalho

O pontaporanense Amarildo de Carvalho foi revelado pelo Operário no início dos anos 80. Zagueiro, de chute forte, aos 20 anos foi vendido ao Palmeiras, onde ganhou projeção nacional. Lá, foi vice-campeão paulista em 1986. Na histórica final daquele ano, quando o Verdão perdeu o título para a Inter de Limeira, marcou o gol do alviverde na derrota por 2 a 1.

Após pendurar as chuteiras na metade dos anos 90, rodou por vários clubes do Estado, como Coxim e Corumbaense. Hoje, ele enfrenta um novo desafio: tirar o Comercial da fila de 8 anos sem conquistar um título Estadual.

Esporte Ágil - Como foi seu começo no futebol aqui no Estado?
Amarildo de Carvalho - O começo, como jogador, foi em 1979, no Operário. Com 17 anos, já estava no profissional e, com 20, já havia sido vendido pro Palmeiras.

Esporte Ágil - Você foi criado no Operário. Como você vê essa polêmica nas eleições do clube?
Amarildo de Carvalho - Infelizmente, fico triste, pois fui criado dentro do Operário. O Operário, que revelou tantos jogadores, né? É uma situação inaceitável, no que deixaram chegar o Operário, que era pra ser uma das grandes forças do Estado. Operário e Comercial são as grandes forças do nosso futebol. Sem eles, o campeonato fica sem graça. Então, acho que chegou a um ponto, que tem que mudar, mudar presidência, diretoria, tudo, começar do zero. Tomara que isso aconteça, que alguém aceite.

Esporte Ágil - Qual a diferença do futebol de Mato Grosso do Sul da sua época de jogador para hoje?
Amarildo de Carvalho - Mudou muito. O futebol, alguns dizem que evoluiu, e eu penso o contrário. Antes, o jogador era mais técnico, com mais categoria. Hoje, como treinador, vejo o atleta se transformando. Tem que ter bom preparado, às vezes não precisa saber jogar. Sabendo marcar, já é jogador. Algum que se desponta, que é um pouco mais habilidoso, já é craque. Antes tinha um monte de craques.

Esporte Ágil - E você acha que a Federação tem feito seu papel pra alavancar o futebol local?
Amarildo de Carvalho - Muitos culpam a Federação, mas acho que ela não tem culpa. Isso depende do clube. A Federação não dirige o clube. Independente disso, os culpados são os presidentes dos clubes, os diretores, os que dirigem nosso futebol.

Esporte Ágil - O que você faria pra mudar esse quadro?
Amarildo de Carvalho - Já melhoramos bastante. O interior cresceu bastante. Trabalhei seis anos no interior, e o apoio é muito grande lá. Mas o interior faz time para o campeonato. Quando acaba o campeonato, acabou o futebol. Por isso o futebol caiu muito. Tem que começar pela Capital. Operário e Comercial... Cene já tem. Tem que ter formação na base. Nós perdemos a formação de jogadores daqui. Para montar equipe pra campeonato, tem que trazer 20 de fora, e o custo é alto.

Esporte Ágil - E qual a meta do Comercial para este Estadual?
Amarildo de Carvalho - A meta é chegar. O Comercial vem crescendo, desde que subiu da segundona. Nosso propósito é chegar. Nós queremos tudo, mas no futebol não é assim. A meu ver, tem seis equipes com condições de ser campeã aqui. Comercial, Águia Negra, Cene, Naviraiense, Ivinhema, Chapadão do Sul... São equipes fortes. A briga vai ser grande.

Esporte Ágil - E o que pode fazer a diferença dentro de campo para tirar o Comercial da fila?
Amarildo de Carvalho - A diferença é esses jogadores que vieram, foram contratados pra resolver. Pode ter certeza que estamos trabalhando a cabeça deles e pondo na cabeças deles que eles estão jogando em uma equipe grande. Chegar aqui, tem que se doar ao clube, para que o Comercial crescendo, eles cresçam juntos.

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