Bate-Bola | Da redação | 21/11/2010 12h47

Bate-bola: Alcides Cunha

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Na lista de prêmios para quem conseguir devolver os saques na mesa estão: chocolates, doces, brinquedos, celular Mp3, Celular Mp10, Máquina digital, Notebook e mais R$ 500,00 em dinheiro. Na lista de prêmios para quem conseguir devolver os saques na mesa estão: chocolates, doces, brinquedos, celular Mp3, Celular Mp10, Máquina digital, Notebook e mais R$ 500,00 em dinheiro. (Foto: Foto: Luiz Martins/Arquivo)

Alcides Cunha

Mesmo sem apoio algum, o mesatenista Alcides Cunha realiza há 10 anos o projeto Desafio do Saque, que consiste em que as pessoas presentes no local consigam devolver de 1 a 5 saques seguidos do atleta. O evento visa divulgar o esporte e ajudar entidades carentes.

O interesse pela modalidade veio tarde, já aos 20 anos. Apesar disso, Alcides coleciona grandes conquistas, como Jogos Abertos, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.

Durante a última edição do projeto, ele encontrou um tempo e conversou com a equipe do Esporte Ágil. No Bate-bola, não esconde a mágoa com a Fundesporte e a Federação de Tênis de Mesa, que realizam o Desafio durante as edições do Projeto Tênis de Mesa + Lazer.

Esporte Ágil - Alcides, fala como surgiu seu interesse pelo tênis de mesa.
Alcides Cunha
- Começou aos 20 anos, jogando na Nipo. E esse projeto do Desafio do Saque eu realizo já há alguns anos.

Esporte Ágil - Quantas pessoas já conseguiram o prêmio máximo no seu Desafio?
Alcides Cunha
- Nesses 10 anos e milhares de participantes, já chegaram uma vez no quarto saque. No terceiro saque também sai pouco. Quem não joga tênis de mesa dificilmente consegue devolver.

Esporte Ágil - E quais seus principais títulos na modalidade?
Alcides Cunha
- Eu ganhei em 2004 o Brasileiro em Mogi das Cruzes, Copa do Brasil em 2005, Jogos Abertos... são muitos títulos.

Esporte Ágil - Como você avalia o trabalho da Federação?
Alcides Cunha
- Olha, não é muito bom não. Por exemplo, eu não tenho ajuda no meu projeto. Agora em termos de campeonato deu uma boa melhorada. Mas acho que falta incentivar mais as pessoas.

Esporte Ágil - Esse ano, a Federação de Tênis de Mesa recebeu mais de R$ 600 mil da Fundesporte. Na sua opinião, esse tipo de projeto incentiva a modalidade?
Alcides Cunha
- Inclusive, esse projeto aí de 600 mil inclui o Desafio do Saque, mas eu não participo. Inclusive eu já fui várias vezes na Fundesporte para eles me encaixarem. O Marco Tavares [presidente da Federação] disse ao Esporte Ágil que esse projeto ia ter o Desafio do Saque, mas não está acontecendo.

Esporte Ágil - De que forma seu projeto ajuda entidades de apoio?
Alcides Cunha
- Nós sempre arrecadamos alimentos e agasalhos. Já fizemos para a AACC, Pestalozzi, Asilos.

Esporte Ágil - E qual retorno você tem com isso?
Alcides Cunha
- Eu tento ganhar algo com os patrocínios. Sempre que alguém divulga o projeto, me ajuda bastante. Porque da federação e da Fundesporte, ninguém ajuda.

Esporte Ágil - E como você vê o nível dos atletas hoje no Estado?
Alcides Cunha
- Eles estão muito bem. No último Brasileiro, conquistamos 12 medalhas. Tem uma molecada boa aí.

Esporte Ágil - O que fazer pra melhorar mais ainda e colocar um desses atletas em uma Olimpíada?
Alcides Cunha
- Investimento. O Estado, a Prefeitura, tem que investir mais. Recursos. Acho que deveriam liberar mais verbas.

Esporte Ágil - Do setor público, quem te apóia no projeto?
Alcides Cunha
- Ninguém. A Funesp me ajuda com divulgação. Mas financeiramente ninguém apóia.

Esporte Ágil - O que te move para fazer esse projeto?
Alcides Cunha
- Eu amo o tênis de mesa, gosto de divulgar. Gosto de trabalhar com as crianças. É um esporte acessível a todos, até 90 anos de idade. Sem contra-indicação. Desenvolve muito a coordenação motora, visão periférica, vários benefícios para a saúde.

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